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A crise na saúde do estado: o caso do Hospital Pedro Ernesto

“Eu já falei e volto a repetir: o Governo do Estado do Rio de Janeiro tem se revelado incompetente e incapaz de conduzir a administração pública ou a administração das políticas públicas do Estado do Rio de Janeiro. Isso é fato.”, afirmou Eliomar na sessão desta quarta-feira (17/02), na Alerj, logo depois de participar de audiência pública para tratar da crise na Saúde.

Segundo Eliomar, é lamentável o que vem acontecendo com o Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE): “Quem o conheceu em outros tempos não entende como existe uma ação com esta finalidade, a de destruir um bem público, e um bem público que dá uma contribuição importantíssima para o Estado do Rio de Janeiro, não só na área de formação profissional como na área de atendimento e de assistência hospitalar.”, afirmou o deputado.

Ligado à Uerj, o HUPE está trabalhando abaixo de sua capacidade de atendimento à população: dos  500 leitos, apenas 170 estão em condições de receber pacientes. Além disso, há atrasos no pagamento de fornecedores que chegam a sete meses e na bolsa-auxílio, de R$ 2.939,14 , única fonte de renda para muitos médicos residentes.

Durante a audiência pública, o diretor do HUPE, Edmar Santos, disse que precisa de R$ 5 milhões para pagar empresas terceirizadas e manter o funcionamento dos 350 leitos do hospital, além de R$ 4,5 milhões em insumos básicos.

Apesar da crise, em 2015 o HUPE  realizou 9.500 internações, 4.200 cirurgias e 213 mil consultas. A unidade formou 1.360 alunos de graduação, 628 residentes, 116 pós-graduandos e 575 mestrandos e doutorandos.

O orçamento de 2015 previa R$ 95 milhões para despesas com custeio, mas foram efetivamente utilizados R$ 38 milhões.

De acordo com a residente do serviço social Letícia Diniz, as secretarias de Fazenda e de Ciência e Tecnologia informaram que a bolsa de janeiro vai atrasar. “Se o pagamento não sair até o dia 19 de cada mês, vamos paralisar os serviços”, disse Letícia.

Em janeiro, pacientes tiveram altas compulsórias e  internações e cirurgias foram canceladas por causa das péssimas condições da unidade.

Eliomar critica sucateamento do Hospital Pedro Ernesto na tribuna da Alerj

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