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A gripe mora ao lado. E agora?

O último boletim da OMS (Organização Mundial da Saúde) estima quase 100 mil casos de gripe suína em todo mundo. Ainda estamos distantes da realidade do Chile onde já foram contaminadas mais de 8 mil pessoas ou Argentina, com quase 2.500 ocorrências. No entanto, o Brasil aparece em terceiro lugar na lista de países da América do Sul afetados pelo vírus da Influenza A. A estimativa do secretário da ONU, Ban Ki-Moon, é que, por causa da gripe suína, os países em desenvolvimento terão gastos em torno 1 bilhão até o fim do ano.

Apenas Rondônia, Roraima e Acre não tem resgistro da doença. Embora sejam poucos os casos no Rio (91), nos últimos dias houve um aumento de 10% no número de infectados. Nossos vizinhos paulistas já contabilizam mais de 400 (quase a metade de um total de 905 em todo Brasil). Vale lembrar que a gripe suína começou no México mas teve alta disseminação nos Estados Unidos, país de fronteira onde mais de 33 mil pessoas foram contaminadas contra aproximadamente 10 mil casos mexicanos.

Não há porque ter pânico, dizem as autoridades. Mas fato é que a própria OMS tem sido criticada por não ter posto em prática um sistema de alerta pandêmico que evitasse o alastramento da doença, Aqui, os governos federal, estadual e municipal também não estabeleceram, até o momento, uma estratégia nacional contra o avanço da epidemia.

Alguns colégios e empresas no Rio, onde foi constatada a presença de alunos ou funcionários contaminados, decidiram, por conta própria, suspender aulas, antecipar férias, isolar andares e manter infectados em casa. Houve até quem decidiu fazer quarentena voluntária. E houve quem tachasse estas atitudes isoladas de excesso de zelo.

O pânico não ajuda em nada. Mas a falta de orientação oficial definida e clara é um terreno fértil para o vírus da gripe A(H1N1) se alastrar. Única morte brasileira, o caminhoneiro gaúcho Vanderlei Vial não resistiu porque só procurou atendimento médico cinco dias após a manifestação dos sintomas da doença que contraiu durante viagem à Argentina.

Somos gatos escaldados! Já sofremos com a dengue e sua versão hemorrágica. Sabemos que a letalidade da gripe suína tem sido baixa. Mas quem quer correr este risco?

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