Criada em 1891, a Ferro-Carril Carioca, companhia de transportes públicos, obteve a concessão para explorar o plano inclinado de Santa Teresa, trajeto que percorria a atual Ladeira do Castro, unindo a Rua do Riachuelo ao Largo dos Guimarães. A companhia conseguiu permissão para estender suas linhas até o morro de Santo Antônio, aproveitando o aqueduto dos Arcos da Lapa. Na base do morro, construiu a estação terminal no Largo da Carioca.
As passagens eram vendidas nas estações em um bloco com cinco cupons ou bilhetes, os tais “bonds”, e constituíam a garantia do passageiro. A intenção era facilitar o troco, uma vez que não existiam moedas de prata com o valor da passagem, de 200 réis. O sistema foi instituído pela companhia americana Botanical Garden, autorizada a funcionar no país em 1868, e que depois passou a se chamar Companhia Ferro-Carril do Jardim Botânico. Os “bonds” eram impressos nos EUA e ricamente ilustrados (escrito “bond”, o valor e um desenho do veículo). Na América do Sul, o Rio foi a primeira cidade a estruturar transportes coletivos sobre carris (trilhos de ferro).
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