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Bondes são sucateados e governo ignora apelos dos moradores


Enquanto a AMAST e os moradores de Santa Teresa reivindicam a restauração completa dos bondes históricos, o governo estadual está promovendo o sucateamento do acervo abandonado na oficina de Santa Teresa. Cerca de 60 toneladas de peças dos bondes já foram doadas a ONGs sem maiores explicações. Essa parece ser uma estratégia para impedir que os bondinhos antigos sejam inventariados pelo Iphan, exigência necessária para que possam ser restaurados. A foto mostra manifestação realizada pela AMAST.

A AMAST (Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa está mobilizada para impedir que o acervo seja desviado antes de ser descrito e registrado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). A entidade solicitou a realização de um inventário completo do patrimônio do sistema de bondes em função do deterioramento em curso. Mas nunca obteve resposta do órgão.

A empresa que o governo contratou para construir os novos bondes – a TTRANS – é a mesma que fabricou sete dos quatorze bondes prometidos e que nunca funcionaram com plena segurança. O novo modelo além de fechado é menor e, tudo indica, visa atender mais ao turismo do que como meio de transporte para os moradores do bairro e da cidade.

Uma das consequências da interrupção dos bondes é que Santa Teresa viu aumentar significativamente o trâfego de veículos uma vez que as pessoas não contam mais com o charmoso bondinho para chegar ao bairro. Nos fins de semana, ruas próximas das áreas de comércio e restaurantes viram áreas de estacionamento com a ação crescente de flanelinhas.

Para mobilizar a população contra o sucateamento e o descarte de peças, o Meu Rio lançou o movimento “De guarda no bondinho” que disponibiliza um livestream com imagem da oficina do bondinho a fim realizar uma fiscalização virtual e impedir a retirada de mais peças. Até o momento da publicação deste post, já haviam se alistado 1089 guardiões.

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