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CPI, instalada sob vaias, sem Eliomar na presidência


Sob vaias e gritos de “farsa” e “vergonha”, “golpe” e “absurdo”, foi definido, em sessão com dezenas de moradores e ativistas no Salão Nobre da Câmara na manhã de hoje (09/08), que o vereador Chiquinho Brazão é o presidente da CPI dos Ônibus e Professor Uóston é o relator. Eliomar – que se candidatou à presidência da comissão – se recusou a presidir a sessão, porque o portão da Câmara Rio foi trancado impedindo a entrada da população, e se absteve de votar. Dezenas de pessoas ficaram do lado de fora (foto).

Para garantir a participação de quem estava na fila, Eliomar suspendeu a sessão por 20 minutos. A entrada só foi permitida depois das 9h – horário marcado da sessão. Professor Uóston tentou iniciar a sessão na marra mas foi impedido de falar sob palavras de ordem “Não, não me representa”, “ditadura”, “fascistas”, “bandidos”. Os outros quatro membros da comissão (da qual participam ainda Jorginho da SOS e Renato Moura) deram prosseguimento a instalação apesar dos protestos.

Indignados, ativistas de movimentos conseguiram forçar a entrada na Câmara e ocuparam o 7º andar do prédio, onde fica o gabinete do vereador Brazão. Eles pediram a renúncia do parlamentar e a eleição de Eliomar para presidência. O parlamentar adiantou que conversará com os parlamentares do PSOL e com os movimentos sociais para definir se participará da CPI. Na Cinelândia, Eliomar voltou a afirmar que é um absurdo que os demais membros da Comissão sequer tenham assinado o requerimento com pedido de abertura da CPI.

“Um diz que não há monopólio, outro que não que não entende nada de transporte e quer aprender. CPI não é brincadeira. O sistema de transporte tem que mudar”, afirmou o parlamentar, que protocolou o pedido de instalação da CPI.

Os manifestantes também invadiram o plenário e protestaram na entrada da sala da presidência onde deixaram acuados os vereadores Brazão, Uóston, Jorginho da SOS e o presidente do Legislativo, Jorge Felipe, junto com um grupo de jornalistas que faziam entrevista coletiva. A tropa de choque foi convocada. Na Cinelândia, uma montanha de caixas-pretas montada pelo coletivo Alalaô reforçou o apoio à CPI.

Cerca de 50 manifestantes permanecem na Câmara Rio. Eles protestam contra a sessão de instalação da CPI dos Ônibus, realizada na manhã desta sexta-feira (09/08), quando Chiquinho Brazão e Prof. Uóston foram escolhidos, respectivamente, presidente e relator. Os ativistas divulgaram uma pauta de reivindicações em que pedem que a sessão seja anulada e que o autor da comissão, Eliomar Coelho, seja o presidente da CPI. Eliomar se absteve de conduzir e votar durante a primeira reunião porque a Câmara trancou as portas impedindo que mais de 200 pessoas participassem da sessão.

O movimento que apoia a CPI pede renúncia dos quatro membros da CPI que sequer assinaram o requerimento com pedido de instalação protocolado por Eliomar. Além de Brazão e Uóston, estão na CPI os parlamentares Renato Moura e Jorginho da SOS. Os ativistas reivindicam que seja realizada outra sessão de instalação no plenário com acesso a todos os participantes. Eles querem que a comissão seja formada apenas por vereadores que assinaram o pedido e que todas as reuniões sejam programadas e divulgadas com antecedência e garantia de participação popular irrestrita.

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4 Responses to CPI, instalada sob vaias, sem Eliomar na presidência

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