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E os produtores culturais do nosso estado?

Apesar da importância da reativação da Lei de incentivo estadual que movimenta as atividades culturais e fortalece o Fundo de Cultura – que abraça os projetos menores não selecionados por empresas via lei de incentivo – é de assustar a comemoração de um projeto estrangeiro e lucrativo incentivado no estado do Rio de Janeiro, enquanto os nossos circos seguem pedindo socorro em um contexto tão adverso em que todas as atividades foram paradas por quase dois anos, devido a maior pandemia do século.

Em 2020, a lei Aldir Blanc destinou R$1 milhão e 20 mil para os circos de lona, atingindo 17 projetos. Ou seja, cada projeto de circo de lona recebeu R$ 60 mil, um valor que não cobre 30% do prejuízo gerado no primeiro ano de pandemia, como relatado pelos agentes. A Escola Nacional de Circo, fundada em 1982 e situada no Rio de Janeiro, tem ajuda dos alunos para não fechar as portas e ser ocupada por atividades burocráticas da FUNARTE, em total desrespeito com a história e a importância do trabalho que realizam.

Nesse contexto, a Secretaria de Cultura se orgulhar de “patrocinar” o Circo de Soleil com R$ 3 milhões é um golpe na cultura e nos produtores culturais do estado que lutam diariamente para seguirem suas atividades, mesmo com todas as adversidades em que se encontram, e sem uma solução com apoio do estado para a retomada das atividades no ano de 2021.

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