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Eliomar questiona inglês privado na rede pública municipal

Por que a prefeitura fechou contrato no valor de R$ 18.038.977 com a Leaning Factory (Cultura Inglesa) para treinamento de professores e fornecimento de livros didáticos de inglês para escolas do Munícipio? Esta é uma das perguntas do Requerimento de Informações enviado, ao prefeito, pelos parlamentares do PSOL Eliomar Coelho, Paulo Pinheiro e Renato Cinco.

Os vereadores destacam que os alunos já recebem material do Programa Nacional do Livro Didático, do Ministério da Educação. E questionam a justificativa de inexigibilidade de licitação uma vez que a Cultura Inglesa não é a única empresa no ramo (e nem a mais barata).

Enquanto valoriza a língua inglesa, curiosamente, a secretaria está remanejando professores de espanhol para outras atividades. A denúncia chegou ao Mandato Eliomar Coelho que já encaminhou extenso Requerimento de Informações sobre a atuação dos professores de inglês e de espanhol na rede.

A APEERJ- Associação dos Professores de Espanhol do Rio de Janeiro expressou em carta a indignação provocada pelo desvio de função de professores de espanhol que “estão em vias de trabalhar com turmas de reforço de língua portuguesa”. A entidade aponta a contradição da realização, por parte da prefeitura, de concurso de 100 vagas para professor de espanhol. Em manifesto divulgado na Internet, a APEERJ lembra que a lei nº 2447/1995 tornou obrigatório, nas escolas públicas de ensino fundamental e médio do estado, o ensino do espanhol. A lei nº 2.939/1999 reforçou a obrigatoriedade na rede básica do município.

“O ensino de espanhol na Rede Municipal do Rio de Janeiro tem sofrido uma grande restrição imposta pela Secretaria de Educação (SME-Rio), que vem favorecendo exclusivamente, após a criação do programa Rio Criança Global, em 2009, o ensino da Língua Inglesa, em convênio com a Cultura Inglesa, inclusive para fornecimento de material didático não licitado e não avaliado por especialistas. Sem desconsiderar a importância do ensino de inglês, embora a sua entrega nas mãos de uma empresa alheia ao sistema educativo brasileiro nos cause espécie, ratificamos a relevância do plurilinguismo na formação crítico-reflexiva e a sua imprescindível contribuição no letramento do alunado”, afirma o manifesto.

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