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Ninguém quer voar pelos ares

Publiquei no dia 4 de abril post sobre as recorrentes explosões de bueiros da Light e perguntei: o que a Light está esperando? Uma vítima fatal? As bravatas do prefeito estão longe de garantir segurança aos moradores da cidade. Hoje, mais um bueiro explodiu em Copacabana. Muitos adotaram o absurdo hábito de andar olhando, com temor, aonde estão pisando.

Ironicamente (ou melhor seria dizer tragicamente?), a própria Light explicou porque estamos sendo vítimas de “atentados” constantes. A empresa atribuiu o problema das explosões à falta de manutenção e à terceirização de boa parte de seu pessoal. De acordo com mapa publicado no jornal O Globo, 39 bueiros explodiram desde 2004, a maioria no Centro e em Copacabana. Na verdade, já são 40 contando o incidente de hoje, na esquina das ruas Barata Ribeiro e Dias da Rocha, em Copacabana.

Antes da privatização, a Light contava com 11 mil funcionários. Quando foi privatizada, reduziu para 5.500 seu contigente. Hoje, trabalham na empresa em torno de 4.500 pessoas.

Se antes da privatização o número de funcionários já era aquém da necessidade para atender a demanda da cidade, o que dirá agora. E, ao entregar a manutenção para terceirizadas, a empresa passou uma borracha em sua memória técnica. Deu no que deu. Infelizmente, vemos a prefeitura caminhar no mesmo sentido investindo na terceirização da Educação e da Saúde. Para onde vamos?

É inadmissível ver a Light assistindo a esta successão de explosões, cada vez mais constantes, sem se mexer. A Light tem que se mexer, identificar imediatamente onde há bueiros e fazer manutenção eficiente, requalificar mão de obra e abrir concurso público para contratar mais técnicos.

A pressão por parte do Ministério Público estadual e da Aneel (Agência Nacional de Energia) são bem-vindas. Se a Light não assinar um TAC (termo de ajustamento de conduta) até amanhã poderá ser multada em R$ 1 milhão a cada nova explosão, avisam os promotores do Ministério Público. A Light, em parceria com a CEG, tem que se mexer. Pergunto novamente: o que a Light está esperando? Uma vítima fatal?

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