Em evento durante o fim de semana, o prefeito Eduardo Paes declarou, à imprensa, que a cidade ficará mais poluída por causa da ThyssenKrupp CSA e afirmou que seu funcionamento não reverterá em grandes benefícios para a cidade como empregos e mais impostos. A empresa não paga ICMS e obteve isenção no pagamento de ISS. Paes chegou a dizer que talvez não tivesse apoiado a implantação da siderúrgica em Santa Cruz, se fosse prefeito na época em foi decidida a instalação da companhia.
Desde que entrou em operação, a CSA já foi multada duas vezes pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente) por causar poluição ambiental. Em janeiro, o Inea aplicou multa de R$ 2,8 milhões por emissão de fuligem no entorno da usina em Santa Cruz. Em fevereiro, uma manifestação liderada por moradores do bairro e pescadores da Baía de Sepetiba – área que também foi afetada – denunciaram que a CSA continuava espalhando pó na região. Eles querem impedir a licença permanente da companhia.
Opine. A CSA deve ser impedida de funcionar? O governo deve condicionar a concessão de licença permanente à execução de ajustes e eliminação comprovada de poluição na região?
Em minha opinião ela deve, sim, ser impedida de funcionar até que prove ter um programa certificado de funcionamento em segurança, tanto para seus funcionários como para a população das vizinhanças e todo o ecossistema da região.
Não é possível que o poder público compactue com a irresponsabilidade dos administradores da empresa.
Com minhas saudações ao bravo vereador Eliomar.
Grande abraço.
Roger.
Saudações
Impressiona a passividade, quase convivência, dos gestores públicos com os malfeitos de empresas privadas em nosso país. Talvez por que essas empresas possam vir a financiar futuras campanhas eleitoreiras.
Apenas essa declaração do alcaide já seria um excelente motivo para fechar a CSA, pelo menos até a empresa se adequar aos parâmetros do controle ambiental.
Está comprovado que a CSA polui, fazendo mal à população. Além disso, obteve isenção de impostos e não demonstra nenhuma vontade de se adequar.
Por uma questão de lógica, a CSA não deve receber a licença definitiva. E mais: somente deverá recebâ-la quando se adequar, recuperar o que foi destruído e indenizar os moradores da localidade.
Agora, sejamos práticos: Depois de tanta facilidade oferecida por quem deveria cobrar o cumprimento da legislação, qual empresa abriria mão de seus lucros para “gastar” com preservação do meio ambiente?
Um abraço.
Caro Roger,
Obrigado pela participação no Opine. Concordo em gênero, número e grau!
Abs,
Eliomar
Cara Patrícia,
Falta a cobrança e fiscalização. As multas do Inea são importantes mas não atingem o âmago da questão: a CSA é uma siderúrgica que claramente não trabalha dentro de altos padrões de eficiência. E sabemos que a usina já causaria poluição se houvesse responsabilidade social…
Abs,
Eliomar