O massacre de Realengo, quando 12 crianças da Escola Municipal Tasso da Silveira foram covardemente assassinadas pelo ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, reacendeu a discussão sobre a necessidade de desarmar a sociedade civil. Países como Reino Unido e Canadá já mudaram suas legislações motivados por tragédias como a que aconteceu na Zona Oeste do Rio.
Coincidentemente, foi divulgada, recentemente, a tese de doutorado do economista Daniel Cerqueira, pesquisador do Ipea, que traz argumentos a favor do desarmamento. Segundo o trabalho, uma vida é salva a cada apreensão de 18 armas. Ainda de acordo com a pesquisa, o aumento na circulação de armamento em 1% resulta em crescimento de 2% na taxa de homicídios.
Os dois homens que intermediaram a venda de um dos revólveres usados por Wellington tiveram prisão preventiva decretada por comércio ilegal de armas. O desempregado Isaías de Souza e o chaveiro Charleston Souza de Lucena disseram estar arrependidos pela participação no negócio, em que cada um lucrou R$ 30,00.
A ONG Viva Rio propôs que na campanha de desarmamento deste ano o governo pague pelas armas e munições recolhidas. Por conta da tragédia ocorrida na semana passada, o Ministério da Justiça já adiantou que antecipará a campanha. Entre 2005 e 2010, estas campanhas nacionais foram responsáveis pela redução em 11% dos homícidios, de acordo com o Viva Rio.
Na contramão deste movimento, existe uma proposta, em tramitação no Congresso, que concede o direito de porte de arma para 49 categorias profissionais, entre elas taxistas, motoristas de caminhão e advogados.
Opine. Você concorda com este projeto de lei? Você é a favor do desarmamento?
Por maior que seja o direito de qualquer cidadão poder ter a posse de uma arma, sou favorável ao desarmamento por todos os benefícios que isso pode trazer a toda a sociedade.
Assim como a “Lei Seca” creio que essa iniciativa (do desarmamento) deve contar com o apoio de todos nós, cidadãos preocupados com a busca de uma vida mais humana.
Obrigado por participar do Opine. Essas iniciativas acabam tendo um caráter educativo…
Abs,
Eliomar
será que ninguém percebeu ainda que não adianta desarma , criar leis ou restringi o máximo o uso de armas no brasil por cidadão brasileiros, se as nossas fronteiras estão abertas a livre comércio por qualquer pessoa que queria comprar uma arma. Gente vamos pensar mais e acabar de tá discutindo leis contra o desarmamento pois já tem demais e nada adianta, porque o ladrão,bandido ou assassino etc.. não liga para nossas leis, se não eram todos bonzinhos e não andavam armados. Gente vamos discutir o que é necessário ninguém discuti o aparelhamento das forças armadas para que eles possam fazer a nossas segurança nas fronteiras brasileiras como está escrito na constituição federal desse pais e tirá policia rodoviárias federal das fronteiras porque elas não tem valor algum nas fronteiras pois é por lá que mais entra arma como já foi provada por redes de tv do brasil e colocar elas para patrulhar as nossas rodovias federais que tá uma zona de criminosos. VAMOS PENSAR SÓ UM POUCO E COBRAR DAS NOSSAS AUTORIDADES BRASILEIRAS
Obrigado por participar do Opine. Certamente uma questão que está mobilizando a sociedade. Concordo que temos que estancar o comércio clandestino…
Abs,
Eliomar
claro que sou a favor do desarme! companheiro Eliomar, sou pacifista desde pequeninho. além do mais, o combate eficiente e eficaz à violência não se faz com armas nem prisões.
Obrigado por participar do Opine. Certamente uma questão que está mobilizando a sociedade.
Abs,
Eliomar
sim, eu sou a favor. Mas precisa principalmente arranjar um jeito das armas pararem nas mãos de bandidos e de serem traficadas de outros países para cá e entre os estados brasileiros.
Obrigado por participar do Opine. Certamente uma questão que está mobilizando a sociedade. E o comércio de armas tb tem que ser coibido.
Abs,
Eliomar
Sou a favor do desarmamento dos bandidos primeiro e depois o população civil que é uma minoria que compra armas e não é culpada do massacre de Realengo.
Cara Maria,
Obrigado por participar do Opine. Certamente uma questão que está mobilizando a sociedade. Pela quantidade de armas coletadas nas campanhas pelo desarmamento, vemos que existe um bom contingente da população armado. Mas o armamento pesado nas mãos dos bandidos precisa ser eliminado.
Abs,
Eliomar
Pingback: Boletim – Rio, 13 de março de 2011 | Eliomar Coelho – PSOL – O vereador do Rio
Saudações
Primeiramente, é preciso responder algumas perguntas: A quem interessa a venda de armas? Por que e de que é a infeliz ideia de um projeto de lei para permitir que 49 categorias profissionais tenham o porte de arma? Ficou ou não decidido em plebiscito que a maioria da população não quer uma sociedade armada? A cada evento que envolva o uso de armas teremos que voltar a discutir se armas são boas ou não?
A tragédia de Realengo é fruto de uma sociedade intolerante, que não respeita o seu semelhante, que não sabe resolver conflitos com diálogo e negociação.
Os favoráveis às armas, diretamente ou não, justificam que os bandidos precisam ser desarmados primeiro e que as fronteiras devem ser patrulhadas para que armas ilegais não entrem no país. Então, basta desarmar o bandido e patrulhar as fronteiras?
Enquanto não chegamos à situação ideal, o que fazemos com as mortes geradas por armas deixadas sem cuidado em casa e que caem nas mãos de crianças que se ferem, matam e morrem? Quantas brigas de vizinhos são resolvidas na bala? Quantas crianças e adolescentes morrem por apenas mostrarem a arma do pai para o amigo?
A maioria apenas se lembra do bandido armado, mas tende a se esquecer do “cidadão de bem” que não tem treinamento para usar arma, mas, “para se proteger”, a guarda em casa sem cuidados. Foi com o argumento de “se proteger” que o atirador de Realengo conseguiu comprar as armas.
Armas não protegem pessoas que não treinadas para usá-las. Armas não devem ser utensílios domésticos. O criminoso armado sempre tem a preferência na hora de atirar. Armas matam “homens de bem” também. Armar a Sociedade só interessa à indústria bélica.
É preciso que as leis existentes sejam cumpridas e que o Estado faça o seu papel de garantir os direitos constitucionais básicos: saúde, educação, segurança, moradia, trabalho, lazer.
A ideia de um novo plebiscito cheira mal, tende à manipulação e desrespeita a decisão tomada anteriormente pela sociedade.
sou a favor do desarmamento mas esta prática não é suficiente para reduzir o número de crimes e homicídios, desarmar o cidadão sem que haja uma melhoria na segurança pública seria facilitar a atuação dos criminosos.
muitos mortes acontecem porque as pessoas tem armas dentro de casa e num momento de crise emocional ou descuido acabam por fazê-las mas o maior número de mortes está relacionado com o uso de armas por criminosos em assaltos, acerto de contas no tráfico de drogas entre outros. este é um problema a ser resolvido com um conjunto de medidas e não somente pelo desarmameno.
Caro André,
Concordo com seu ponto de vista.
Obrigado por participar do Opine.
Abs,
Eliomar
Cara Patrícia,
Obrigada por participar do Opine com uma resposta tão bem formulada.
Abs,
Eliomar