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Por que tombamento do Museu do Índio foi rejeitado na Câmara?

A rejeição da proposta de tombamento do Museu do Índio, na Câmara Rio, mostra a distância entre a decisão legislativa e o desejo da sociedade civil . Por 17 a 13, com voto de partidos da base do governo Paes, proposta do Mandato Eliomar Coelho, com co-autoria de outros dois vereadores, foi descartada nesta quinta-feira, 14/03, em sessão no plenário.

Lamentável quando a maioria dos parlamentares não faz eco às reivindicações dos moradores da cidade. É decepcionante quando vemos prevalecer o interesse de poucos sobre a mobilização de movimentos organizados, entidades de classe, arquitetos e artistas. Todos juntos vêm lutando em prol da preservação do antigo museu e da Aldeia Maracanã, grupo de 60 índios que vive há anos no prédio histórico.

Uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça, no dia 26/01, impediu o bota-abaixo do museu e o despejo dos índios. Na época, o próprio governador Sergio Cabral reafirmou a disposição de desmantelar a Aldeia Maracanã mas disse que o governo havia desistido da demolição do museu.

Mas quem confia na palavra do governador? Por isso, o mandato apresentou proposta de tombamento do prédio o que, de fato, garantiria sua existência. O projeto determinava ainda que o prédio teria uso exclusivo da cultura indígena – uma forma de proteger a Aldeia Maracanã.

O Legislativo perdeu a chance de apoiar e trabalhar em conjunto com a sociedade. E, agora, estamos nas mãos do governador.

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