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Rio antigo: Cinelândia, a terra do cinema


O nome perdeu o sentido. Mas não faz muito tempo, a Cinelândia era a terra do cinema o que justifica o apelido do logradouro público, que perdura mesmo depois do fechamento dos cinemas Pathé e Capitólio. O único sobrevivente foi o Odeon. O filme em cartaz, no Pathé, era Brotinho do Outro Mundo, com Brigitte Bardot. Ao lado, o salão Doret atendeu a clientela até cerrar as portas na década de 70. E aparecem ao fundo da paisagem, na Avenida 13 de Maio, os dois prédios que desabaram em janeiro do ano passado. É o registro de um cenário que se modificou não só pelas mudanças urbanísticas. A falta de segurança empurrou as salas de cinema para dentro dos shoppings. E a irresponsabilidade e negligência em uma reforma mal planejada e mal executada acarretaram no desabamento e morte 17 pessoas que estavam no Edifício Liberdade. Corpos de outras cinco vítimas permanecem desaparecidos. Abaixo, de outro ângulo, um bonde passa em frente ao Pathé. Avista-se o Palácio Monroe atrás, como num jogo cujo objetivo é achar lugares que não existem mais. E, na sequência, o antigo Odeon que continua funcionando, firme e forte.

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