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Por que recolher viciados em crack compulsoriamente?

Até hoje, o mandato não recebeu resposta ao Requerimento de Informações encaminhado ao prefeito, no mês passado, cobrando esclarecimentos sobre a política de recolhimento compulsório de jovens viciados em crack. Quantos dependentes químicos foram retirados? Para onde foram levados? Foi utilizado algum tipo de arma, ainda que não letal, contra estas crianças? Houve fiscalização de órgãos de proteção de direitos da criança e do adolescente nos locais onde foram confinados? Estas são algumas das nossas indagações.

Temos notícia de que nos abrigos para onde foram levados não se conduz um tratamento adequado no sentido de reabilitar e ressocializar estes jovens. A informação é que não existe a necessária equipe multidisciplinar. Se não há uma abordagem séria e fundamentada, o que a prefeitura faz, com a ajuda da Guarda Municipal, é jogar os usuários de crack em depósitos e tratá-los como lixo da sociedade.

A atitude da prefeitura foi duramente criticada por entidades que atuam junto aos dependentes. Especialistas em doença mental se uniram aos conselhos regionais de assistentes sociais e à OAB em um protesto contra o recolhimento e contra a forma truculenta como a Guarda Municipal vinha abordando os menores viciados.

Em depoimento à imprensa, o presidente da OAB, Wadih Damous, ponderou que recolher de maneira compulsória é inconstitucional. Os pais, que tem o pátrio poder, devem ser os primeiros acionados. Cabe a eles decidir, com apoio de assistentes sociais, psicólogos e especialistas em adição psíquica , se a melhor conduta a ser adotada é a internação.

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