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Viva Cosme Velho tem propostas para enfrentar caos causado pelo turismo

Na última quinta-feira (09/02), o vereador Eliomar Coelho participou da assembléia que formalizou a fundação da nova Associação de Moradores do Cosme Velho – a Viva Cosme Velho. A entidade – que ganhou força a partir de um movimento nas redes sociais que mobilizou a vizinhança – é contra a reurbanização proposta pela prefeitura. Sustenta que o projeto agravará o caos no entorno da Estação do Trem do Corcovado e na Rua Cosme Velho.

A entidade reclama do projeto da prefeitura e da Subsecretaria de Patrimônio Cultural , Intervenção Urbana, Arquitetura e Design – SUBPC- que prevê o alargamento da calçada nas proximidades da Estação do Trem do Corcovado, na Rua Cosme Velho. A via de mão dupla sofreria redução de quatro pistas para duas naquele trecho, que ganharia revestimento de paralelepípedo. Há previsão também de construção de um edifício garagem onde hoje funciona um terminal de ônibus municipais próximo ao Largo do Boticário.

A Viva Cosme Velho defende a urbanização do terminal de ônibus e a adoção de uma linha circular que deixaria os turistas no local que fica poucos metros distante da estação de trem. No local, haveria guichê para venda de bilhetes, lojinhas e outras amenidades. Esse esquema evitaria também o tumulto das vans que estacionam irregularmente na Praça São Judas Tadeu, ao lado da estação, e nos arredores.

O governo federal anunciou que pretende investir R$64 milhões no Trem do Corcovado, o que aumentará a capacidade de 300 passageiros por hora para 615. Segundo a nova associação, a ESFECO (Estrada de Ferro Corcovado) – empresa que tem a concessão para operação da linha do trem – está solicitando a renovação antecipada do convênio com a Secretaria de Patrimônio da União sem a realização de licitação.

– Com o dobro de passageiros, e diminuição no tempo de duração da viagem de 12 para seis minutos, não estaria se desrespeitando o projeto de manejo do Parque Nacional da Tijuca que só permite o máximo de 320 pessoas circulando, por hora, no Cristo Redentor? – questiona a arquiteta Raffaela Allegri, uma das conselheiras, que também critica o projeto da prefeitura por não prever a instalação de uma ciclovia.

Outra preocupação da entidade é com a manutenção da única praça pública do bairro. Aventa-se a possibilidade do local ser transformado numa espécie de anexo da estação do trem. O bairro perderia um espaço público onde, por exemplo, acontece a Feira de Orgânicos – uma atividade que já conquistou muitos adeptos entre os moradores.

Habib Nascif, outro conselheiro, chama atenção para o transtorno causado por uma mudança na engenharia de trânsito. Os motoristas que trafegam a Rua Cosme Velho, no sentido Laranjeiras, não podem mais contornar a Praça São Judas Tadeu e acessar a pista em direção ao Túnel Rebouças. Agora, são obrigados a fazer o retorno em Laranjeiras.

– Pela nova sinalização, (os motoristas) devem descer toda Rua Cosme Velho e parte da Rua Laranjeiras, fazer o retorno na altura do Clube Hebraica para novamente subir todo o trajeto e acessar o túnel, passando por varios colégios e sinais, ou seja, tumultuando ainda mais o trânsito e trazendo um transtorno desnecessário aos moradores do bairro. Pedimos a volta da marcação antiga ou, quem sabe, um sinal na saída da praça, uma solução pensada com os técnicos da prefeitura e os moradores do bairro – apela.

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