No Tabuleiro da Baiana (a expressão fará alguns pensarem em música!), o movimento de bondes era intenso entre as décadas de 30 e 50. Este foi o apelido dado ao terminal de bondes que ficava entre as Rua Senador Dantas e a Avenida Treze de Maio, em frente ao Largo da Carioca Na foto, muitos detalhes que foram varridos pelo tempo. Carros circulando na Treze de Maio que virou rua de pedestres, o Largo da Carioca como imensa área de estacionamento e, claro, bondes deixando a Estação Largo da Carioca, demolida na década de 70 quando os bondes foram desaparecendo do Rio. Atualmente, nem Santa Teresa pode se orgulhar de contar com este meio de transporte (será que volta ao bairro?). A estrutura retangular de concreto (que de fato lembra um tabuleiro) abrigava o ponto final dos bondes que vinham da Zona Sul e foi inaugurada em 1937 quando o Largo da Lapa sofreu uma reurbanização capitaneada por Henrique Dodsworth, então interventor federal da cidade. Retomando alguns dos projetos que o urbanista francês Alfred Agache havia produzido em 1927, a administração de Dodsworth tirou do papel outras obras que provocaram grandes alterações na cidade: o desmonte do morro do Castelo, a abertura da esplanada do Castelo e da avenida Presidente Vargas, com mais de quatro quilômetros de extensão, da Avenida Brasil e Tijuca (atual Edson Passos), a abertura do corte do Cantagalo, ligando Copacabana à lagoa Rodrigo de Freitas, a construção do Jardim de Alá e do Jardim Zoológico Municipal.